Canção do Exílio – Intertextualidades – 1º ano do Ensino Médio

Disciplina: Texto e Literatura
Professora: Danny Melo

Maria Cecília Neres Fernandes

Minha terra tem palmeiras

Onde canta o Sabiá

Sabiá canta músicas fúnebres

Para que eu possa chorar

 

Minha terra suporta guerras

Que parecem não acabar

As pessoas não mais aguentam

As mazelas que assombram cá

 

No meu céu há muitas nuvens,

Nuvens de intolerância

No meu olhar gasta esperança

 

As nuvens da minha terra retêm a luz

E deixam meu povo na escuridão.

Submersos na bruta ignorância,

Eles gritam por intervenção

 

Mas minhas terras têm poetas

Tudo há de melhorar

Nas palavras deles está o meu sustento

Só com elas posso continuar.

 

Não permita Deus que eu morra

Sem a minha lágrima secar

Sem ver a união da universidade

Na minha terra prosperar

Sem que eu alcance a paz

Em que canta o Sabiá

 

Onde está a palmeira que cantava o sabiá?

Adrissia Jeovana Almeida Pereira dos Santos – 1º ano do Ensino Médio

 

Minha terra sem palmeiras,

Já não canta o sabiá;

As aves que aqui gorjeavam,

Já não encontram o seu lar.

 

Nosso céu poluição,

Nossas várzeas destruição,

Nossos bosques sem mais nada,

Nossa vida mais temores.

 

No Planalto mais horrores,

Nossa vida sem amores,

Nas ruas mais clamores.

 

Em cismar, sozinho à noite,

Esperança não encontro eu cá;

Minha terra sem palmeiras,

Já não canta o sabiá.

 

Não permita Deus que eu morra,

Sem que justiça encontre eu cá,

Sem que eu ainda aviste as aves,

De volta no seu lar.

 

Minha terra sem primores

Nenhum prazer encontro eu cá

Minha terra sem palmeiras,

Já não canta o sabiá.

Não permita Deus que eu morra,

Sem encantos enxergar,

Sem ver o Brasil mudar,

E na palmeira o sabiá

Voltar a cantar.